Uma pesquisa realizada pela Pluri Consultoria aponta o Bahia com a 100ª
melhor média de público do mundo. Na lista dos cem primeiros clubes
mundiais, o Tricolor só está atrás de dois brasileiros: Santa Cruz e
Corinthians. Paixão que é nítida e reconhecida mundialmente, mas pouco
aproveitada pelo clube. Essa é a opinião dos dois especialistas ouvidos
pelo GLOBOESPORTE.COM.
Para Jorge Allan e Darino Sena, comentaristas da TV Bahia, a direção do time baiano não consegue fazer com que o bom número das arquibancadas se transforme em ganhos para o clube.
- O Bahia não consegue transformar a paixão em proveito para o clube. O Coritiba, por exemplo, contratou Alex, contratou Deivid, porque tem 60 mil sócios. Falta ao Bahia conseguir transformar essa paixão da torcida em dinheiro para o clube – opinou Jorge Allan.
Além de Santa Cruz, Corinthians e Bahia, outros seis brasileiros aparecem entre os 200 clubes com maior média de público no mundo: São Paulo, Flamengo, Internacional, Coritiba, Vasco e Grêmio. O estudo levou em consideração as 100 maiores médias de público do último campeonato nacional de cada país para formular o ranking.
Enquanto no ano passado o Bahia teve uma média de 22.741 mil pessoas por jogo – com uma média de ocupação de Pituaçu de 71% -, este ano a situação é bem diferente. Até agora, o Tricolor tem a quinta melhor média de público da Série A. São pouco mais de 17 mil pessoas por jogo (ocupação de 53%).
- Apesar de o Bahia ter aparecido nessa lista de maiores torcidas, é preciso destacar que houve uma queda em relação ao ano passado. Em 2011, o Bahia lotou Pituaçu, com a sua carga máxima, em sete ocasiões. Esse ano não lotou nem uma vez. Isso reflete a insatisfação da torcida com o momento e com essa atual gestão do Bahia. E isso reflete em uma queda de receita. Quanto às receitas alternativas, é muito pouco já que é um projeto frágil - alertou Darino Sena.
Para tentar reverter o quadro, voltar a ter o apoio maciço da torcida e ainda ajudar o clube na luta contra o rebaixamento, a diretoria decidiu fazer uma promoção. Para o jogo contra o Grêmio, no sábado, o ingresso será vendido ao preço único de R$ 20.
- São coisas emergenciais. O clube precisa vencer e baixar o valor do ingresso para ter um apoio maior. Mas, se ganhar o jogo, pode não manter a promoção. O Bahia precisa de um trabalho maior para aproximar o torcedor independentemente do que esteja acontecendo – acredita Jorge Allan.
O mesmo problema foi detectado por Darino Sena. Para ele, a desconfiança da torcida, por causa do baixo rendimento da equipe em casa, tem sido o maior problema do clube.
- Eu acho que é uma promoção muito válida pelo momento do time. Mas não pode se limitar a isso. É preciso investir na valorização do jogo em si. Ir a um jogo do Bahia hoje é uma incógnita. O Bahia é um dos piores mandantes. Então, além de tudo, tem a desconfiança. O torcedor não está correspondendo.
Normalmente, o torcedor do Bahia sempre corresponde. O que acontece esse ano é um sintoma de que a diretoria precisa se preocupar. O fato de o Bahia não ter lotado Pituaçu em nenhum jogo nessa Série A, mesmo quando o time viveu um bom momento, é preocupante - finalizou o comentarista.
Por- Globoesporte.com
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