O capitão Fahel e o companheiro Diones estiveram na Arena Fonte Nova e se surpreenderam com a estrutura do estádio que passará a ser a casa do Bahia a partir da próxima semana.
As expressões de surpresa e admiração logo entregaram o sentimento dos dois. O olhar era como o de um menino pequeno ao chegar no parque de diversões. O gramado foi o primeiro ponto a ser observado.
- Que maravilha! Essa grama é boa. A bola corre bem, e o jogo flui – analisou Diones.
Do chão para o teto. No exame geral do estádio, Fahel logo parou nos dois pontos pretos atrás dos gols. Os placares eletrônicos prenderam a atenção do jogador. O ar de admirado mudou para curiosidade quando um funcionário da Arena Fonte Nova se aproximou e o gramado voltou a ser o centro das atenções.
- Qual a dimensão dele? – questionou Fahel para receber a resposta de que o campo tem 105m x 68m de dimensão.
A todo instante, os dois jogadores deixavam escapar expressões de admiração com o estádio. Fahel era um dos mais curiosos para saber detalhes de funcionamento. Do vestiário aos futuros restaurantes que serão instalados na ferradura, com visão para o Dique do Tororó.
De tietados a tietes
Por medida de segurança, os dois jogadores tiveram que entrar no estádio com botas e capacetes, mas os equipamentos não foram capazes de esconder a dupla. Funcionários da obra gritavam palavras de apoio e incentivo a todo instante.
- O primeiro gol da Fonte Nova vai ser de Fahel – disse um operário.
Mas, no estádio, eles não eram o principal alvo de atenção. Acostumados a serem tietados, os dois viveram o outro lado da moeda. O celular foi um companheiro indispensável durante a visita. Primeiros jogadores do Bahia a entrarem no estádio, não queriam perder a chance de registrar cada detalhe.
- Já estou ansioso para entrar aqui e ver a torcida cantando, empurrando o time. A ansiedade agora é para chegar logo no dia 7 de abril. Espero dar muitas alegrias aqui para o torcedor do Bahia – afirmou Fahel.
Os jogadores conheceram diversas estruturas do estádio. Passaram pela lateral do campo – respeitando a proibição de não pisar no gramado –, pelos vestiários e arquibancada. Um dos pontos que mais impressionaram a dupla foi a proximidade da arquibancada com o banco de reservas e o gramado.
- Sem palavras. Só aumenta ansiedade para o primeiro jogo. O estádio está acima do que eu imaginava. Ter a torcida mais perto vai ser uma sensação diferente para a gente – avaliou Diones.
O primeiro jogo da Fonte Nova será o Ba-Vi do dia 7 de abril, com mando de campo do Bahia. No fim do ano passado, a diretoria tricolor assinou contrato com a concessionária responsável pela administração da Fonte Nova para mandar os jogos no estádio a partir deste ano.
Antiga casa
Inaugurada em 1951, a Fonte Nova foi adotada como casa pelo Tricolor e serviu de palco para momentos históricos, como as campanhas para os dois títulos nacionais e os primeiros jogos da equipe baiana na Copa Libertadores da América.
A última partida do Tricolor no estádio foi no dia 25 de novembro de 2007. Após dois anos na Terceira Divisão do futebol brasileiro, o Bahia estava a um empate de conseguir o acesso para a Série B. Os 60 mil ingressos colocados à venda se esgotaram pelo menos um dia antes da partida.
Dentro de campo, o Bahia empatou com o Vila Nova e conseguiu o acesso para a Segunda Divisão do ano seguinte. Nas arquibancadas, o drama. Aos 35 minutos do segundo tempo, parte de um dos degraus do anel superior do estádio cedeu e sete torcedores morreram.
A tragédia marcou a interdição da antiga arena, que acabou demolida no dia 29 de agosto de 2010. Dias depois, as obras de reconstrução do estádio foram iniciadas, com aproveitamento do concreto da velha Fonte Nova para criação de um moderno estádio, que receberá jogos da Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo 2014.
Por - globoesporte.com
